Um dia eu estava viajando de ônibus com meus amigos e com meu pastor.
Sentamos nos bancos e começamos a conversar.
Reparamos em um homem com atitudes “suspeitas” em um banco um pouco mais atrás.
Ele estava todo arrumado e com aparência de estar drogado.
Ele ficava nos olhando e dando risinhos e mexidas no cabelo...
Entre nós, ficávamos imitando e tirando sarro daquele cara.
Demos muitas risadas as custas dele, mas meu pastor não falava nada.
Ao descer do ônibus, eu perguntei a ele se ele tinha visto aquela cena toda.
Ele me respondeu que sim.
Então eu lhe perguntei o que ele achava e fiz uma piadinha...
Ele olhou para baixo e olhou para mim e disse:
-Sabe Jeanzinho, eu não dou risada de uma situação dessas, porque eu imagino se fosse eu na situação daquele homem. Será que eu gostaria que alguém ficasse rindo de mim?
Ou pior, e se aquele fosse meu filho. Será que eu daria risadas dele e da situação em que ele se encontrava?
Ele ainda disse:
-Sabe Jean, cada pessoa carrega uma história. E ninguém sabe o que aconteceu com ele para ele estar hoje desta forma.
...
Não preciso nem dizer como eu me senti.
Algo mudou em mim depois daquele dia. Eu nunca mais consegui olhar para as pessoas ao meu redor da mesma maneira.
Hoje eu vejo os homossexuais, os empresários, os ladrões, os pobres, os ricos e tento enxergar neles suas “histórias”.
Ninguém vira bandido porque quer. Ninguém rouba porque gosta. Ninguém opta pelo mesmo sexo sem um motivo. Ninguém enriquece sem uma fonte causadora.
Ninguém que não tem o que comer, e é pobre porque quer.
São decisões que tomamos ao longo da vida que nos fazem crescer ou fracassar.
E com nossas atitudes podemos escolher entre amar e respeitar as pessoas e suas escolhas, ou julgar e condenar essas pessoas como fizeram os inquisidores.
Eu prefiro amar as pessoas e respeita-las. Para que eu também possa ser respeitado e amado por quem eu sou.
“...Porque com a mesma medida que os medir, também medirão a vós.” Lucas 6 : 38
Com a mesma dureza que julgamos e condenamos uma pessoa, é com essa mesma dureza que um dia seremos julgados e condenados.
Pense nisso.
É fácil apontar o dedo e julgar. Mas te desafio a primeiro olhar para seus próprios defeitos e problemas antes de julgar os outros.
Matheus 7: 3-5
3 E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho?
4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
5 Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão.
(Argueiro é o mesmo que cisco...)
Acho que a bíblia já disse tudo...